quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Super Blind em... Eta Vidinha Difícil! (Série)
Luís Campos (Blind Joker)
Super Blind, O Herói de Bengala.
Mais inteligente que uma loura... mais ranzinza que uma sogra... mais veloz que o Rubinho... mais forte que o Maguila e mais cego que o Mister Magoo!
Narrador - Lui Macpos, após seu desjejum, como habitual, fazia seu "pumpuzinho" lendo uma revistinha do "Blind Kid, o herói do Agreste", seu cowboy predileto, com o short arriado até o pé. Assim que o "barro" caiu, o fedor impregnou o ar, causando prejuízo à camada de ozônio. Nem o Lui agüentou:
Lui - Zorra! Tô podre!
Narrador - De repente, seu ouvido ultra-sônico captou uma voz feminina pedindo socorro. Como todo super-herói que se preza, disse a palavra mágica:
Lui - Oeoxi!
Narrador - Imediatamente transformou-se no audaz Super Blind e, saindo ao quintal de casa, montou em Akilah que já o esperava, também transformada numa imensa galinha voadora. Morcego, o cachorro de Lui, nestas horas, esconde-se sob a cama e fica uivando!
Super Blind - Aiôôôô, Akilah... Para cima!
Narrador - Akilah, com nosso super-herói sobre seu dorso, alçou vôo e ganhou as alturas. Voaram com a velocidade do Schumaker, pois se voassem com a do Rubinho, quando chegassem ao seu destino, certamente não salvariam ninguém... Como nas histórias em quadrinhos, no quadro seguinte, digo, no segundo seguinte, estavam no local de onde vira o chamado. Akilah pousou num grande pomar e o Super Blind desceu das suas costas perguntando:
Super Blind - Quem precisa dos meus préstimos?
Narrador - Uma voz meiga e dengosa respondeu-lhe:
Voz Meiga e Dengosa - Fui eu quem o chamou, Super Blind!
Super Blind - Em que posso ajudá-la, doce pequena?
Doce Pequena - M-meu gatinho, Super Blind!
Super Blind - Seu gatinho? O que houve com seu gatinho, donzela?
Donzela - Ele subiu naquela árvore e não sabe como descer!
Super Blind - E por que você não subiu na árvore para tirá-lo de lá, belezura?
Belezura - É que papai diz que pode ser perigoso!
Super Blind - Hum! Tudo bem! Deixe comigo, boneca!
Boneca - Você vai salvá-lo, não vai, Super Blind?
Super Blind - Claro! Mas preciso de sua ajuda, minha linda!
Linda do Super Blind - É só dizer o que tenho que fazer, Super Blind!
Super Blind - Leve-me até a árvore onde está o gatinho, fofa!
Narrador - Fofa, segurando o Super Blind pelo braço, venha!
Super Blind - Por favor, deixe que eu seguro em seu ombro, garota!
Garota - Está bem, Super Blind!
Narrador - O Super Blind foi conduzido até o tronco da árvore que o gatinho havia subido. Durante o trajeto percebeu que a moça tinha o ombro "forrado", isto é, não era daqueles que são "osso-puro", o que lhe dava a certeza que a menina era gordinha. Assim que chegou, subiu pelo tronco e, guiando-se pelos miados do
bichano, alcançou o galho no qual estava o animalzinho. Segurou-o delicadamente, mas não tanto, pois super-herói não pode se dar a esses luxos, o enrolou em sua capa e desceu da árvore. Ao chegar embaixo, a moça o abraçou, deu-lhe um beijinho no rosto e suspirou:
Moça - Obrigado, meu herói!
Super Blind - De nada, mocinha... Super-herói é pra essas coisas mesmo!
Narrador - Nosso herói desembrulhou o gato da sua capa vermelha e o entregou à mocinha.
Mocinha - Oh, meu gatinho! Como posso retribuir-lhe o favorzinho, Super Blind?
Super Blind - Deixando-me usar o sanitário, dona!
Dona - Tá assim precisado?
Super Blind - É que ontem comi um caruru na barraca da Filó e ela abusou da castanha, querida!
Querida - Eu entendo! Venha, pegue em meu ombro que vou guiá-lo até o banheiro!
Narrador - Super Blind novamente segurou naquele ombro de seda. Ao chegarem ao WC, a moça abriu a porta,
acendeu a luz e disse ao nosso herói:
Moça - À esquerda está a pia e após esta o vaso! Fique à vontade! Vou fazer um chá de banana verde pra você!
Narrador - Super Blind trancou a porta e disse a palavra mágica, voltando a ser o Lui Macpos e encontrar-se
na mesma situação em que estava antes de atender ao pedido de socorro da garota... Até a revistinha do Blind Kid reapareceu em sua mão. Procurou onde ficava o papel higiênico e descobriu que este estava à direita do vaso... de quem senta! Meia hora depois, aliviado, Lui pronunciou a palavra mágica e voltou a ser o Super Blind e foi cuidar da higiene pós-pumpum! Achou a torneira, lavou as mãos, procurou a toalha, enxugou as mãos no traje, ajeitou os óculos escuros, abriu a porta e... o fedor tomou conta da casa! Seu superolfato não o enganara... Estava podre mesmo! Deu um tempo e chamou a menina:
Super Blind - Menina! Menina!
Narrador - A moça chegou ao seu lado, prendeu a respiração, apagou a luz do banheiro e disse-lhe:
Menina - Venha, Super Blind! O chá já está pronto e vai segurar seu intestino!
Super Blind - Que bom! Dor de barriga em super-herói não está em nenhum gibi! Ahahahahahahahahah!
Menina - É verdade!... Nem nos desenhos animados! Hahahahhahahah!
Narrador - E assim, sorrindo, a mocinha o conduziu até uma mesa e colocou a mão do Super Blind no espaldar de uma cadeira. Ele sentou, puxando a cadeira mais para frente e tateou com cuidado a mesa até encontrar a xícara. O chá cheirava a cravo e banana e tinha um sabor agradável! Super Blind, espertamente curioso, disse:
Super Blind - Muito obrigado, Senhorita...
Senhorita - Lara Mara!
Super Blind - Que interessante!
Lara Mara - O que achou interessante em meu nome?
Super Blind - A coincidência!
Lara - Que coincidência? Não entendi!
Super Blind - É que tenho um amigo chamado Lui Macpos, entendeu agora?
Lara - Claro! A coincidência das iniciais do meu nome e do dele, né?
Super Blind - Já vi que você não é loura! Ahahahahah!
Lara - Pior é que sou... E legítima! Hahahhahahhaha!
Super Blind - Eu estou só brincando... nada contra as louras... nem morenas... nem negras!
Lara - Eu sei! Eu também, só de sacanagem, brinco com as louras! Hahhahahhahahha!
Super Blind - Ahahahahhahahhahah! Lara, o papo está ótimo, mas tenho que ir... O dever me chama!
Lara - É cedo! Tome mais uma xícara de chá! Vai lhe fazer bem!
Super Blind - Já que você insiste e a companhia é agradável, tomarei mais uma xícara!
Lara - Que bom, quero dizer, obrigada!
Super Blind - Assim que acabar irei embora!
Lara - E quando o verei de novo?
Super Blind - Quando precisar de mim é só chamar!
Lara - Farei isto! Tomara que o Pipo suba novamente numa árvore! Hahahhahahhahah!
Super Blind - Ahahahahahah! Você esqueceu uma coisinha!
Lara - Que coisinha?
Super Blind - "Gato escaldado tem medo de água fria!" Ahahahahaha!
Lara - É mesmo! Hahhahahhahhaha!
Super Blind - Bem, vamos lá!
Narrador - Lara Mara colocou-se diante do Super Blind que segurou em seu ombro e foi levado ao quintal aonde AKilah o esperava. Akilah abaixou-se e nosso herói subiu em suas costas.
Super Blind - Que bairro é este, Lara Mara?
Lara - Nós estamos em Itapuan... Perto da Lagoa do Abaeté!
Super Blind - Certo! Até mais ver, Lara... Foi um prazer conhecê-la!
Lara - O prazer foi meu, Super Blind... Espero revê-lo breve! Até outro dia e grata pela força!
Super Blind - Aiôôôô, Akilah... Para cima!
Narrador - Lara Mara ficou olhando o Super Blind e sua galinha gigante voadora sobrevoar os coqueiros de
Itapuan, até que desaparecessem na linha do horizonte!
FIM
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Nuss..!
ResponderExcluirAdorei a historia
Muita criatividade xD
Muito bom!!!
ResponderExcluirDesejo que você continue a escrever tão bem!
Abraço
Patrícia